Não precisa ter hora pra começar
Porque o começo nada mais é que um antigo-pulsar
Que se prolonga sempre em meio ao presente
Fruto da árvore de outrora.
O começo não vem com o parto,
Nem com a partida;
Vem antes de qualquer discurso,
De qualquer palavra,
Despedida.
O não-dito vem antes da sinfonia,
De qualquer zunido tardio;
Somos um com o todo,
Com o nada.
Abraçada ao infinito, de portas abertas
Ao desconhecido,
Sou bem maior que o pensamento.
Fecham-se as cortinas,
Mas o espetáculo não se encerra
Porque não tem fim este delírio interstício do ser e do nada,
Porque o que orquestra em mim e em ti é a velha sinfonia do nada.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Sinfonia do Nada
Postado por Elaine C. às 18:03
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