sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Embora

Me abri por inteiro há poucos
e agora ele parte.
Deixa comigo a memória do seu cheiro
e uma saudade infinita roçando à porta.

Mesmo que tarde em decidir
Se a confissão é linda ou se é triste,
O que eu sinto já prescinde
Dos seus votos de boa viagem,
Porque já embarquei nessa faz tempo!

Bato a porta e fecho os olhos,
É sempre assim.
Toda vez que parte,
Deixa na minha casa o abrigo
Desta dor de não saber
Qual será a próxima vez.

Olho pro seu rosto, sorrio e relembro
Que outrora fizera desejo valer sobre respeito.
Foi bom, mas não durou muito tempo,
Porque fez do que eu sinto uma ânsia passional
De lhe querer, apenas, cá dentro de mim.


29/06/2006

0 comentários: